terça-feira, 25 de maio de 2010

Mercedes-Benz Classe C Flex parte II - impostos e preço

Sobre a pergunta do Zeca na postagem anterior sobre o assunto dos Mercedes flex, primeiro gostaria de dizer que algumas unidades do Mercedes C300 flex já foram trazidas, conforme o forum do Portal Mercedes (apenas uma observação sobre essa discussão no forum do portal: eles se enrolaram na questão do combustível, o E85 é 85% etanol, 15% gasolina. E o álcool sem água é o anidro, o E85 tem etanol mesmo, com uma pequena porcentagem de água na composição).

Bomba de E85 nos EUA

Mas voltando à questão tributária dos carros flex:
1) IPVA: O Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores depende de cada estado, que tem a competência sobre a instituição e cobrança do tributo. Carros de pessoa física, apenas para ilustrar:
RJ: lei 5635/2010 - gasolina 4%, flex 3%, GNV 1%.
SP: projeto tramitando, hoje flex não tem incentivo paga 4%, motor exclusivo a álcool ou adaptado a GNV, 3%
PR: aqui já pagamos 2,5% para todos, sem chorumelas.

2) IPI: Imposto sobre Produtos Industrializados, de competência Federal. A taxação é feita conforme a cilindrada do motor e combustível usado:

a) 1.000: 7% todos

b) De 1.000 a 2.000: 13% gasolina, 11% flex
c) Acima de 2.000: 25,0% gasolina, 18,0% flex

Ou seja, uma C300 Sport pagaria 7% menos IPI independente do estado. E considerando que uma C200 é vendida por importadores independentes por cerca de 15 mil reais a menos que a tabela da Mercedes, (quase 10%), se fosse considerar o preço da C300 Sport 2010/2010 R$ 217.300, a importação de uma C300 Sport flex sairia na faixa de R$ 182.000,00. Um belo desconto de aproximadamente R$ 35.000,00.

Novo sedan Mercedes no Brasil?

Via twitter da Revista Motorshow - @motorshow_ed3 - chega a notícia, por hora exclusiva da publicação:

"
EXCLUSIVO: um novo Mercedes com preço de Civic e Corolla top de linha! Leia mais na Motor Show de junho. Já nas bancas!"

Na revista (vi a capa na mão do meu vizinho), fala em novo sedan Mercedes, de fabricação nacional, e tem uma ilustração do carro.
Caso seja mesmo confirmado, meus palpites:

Futura Classe B, ainda em testes, que forneceria a plataforma. Será?

1) Tem circulado a notícia de que o próximo Classe B terá uma nova plataforma, sem o assoalho em sanduíche, para entrar no segmento do Golf, Astra, etc. Poderia vir um sedan daí, com projeto mais atual;
2) Nada impediria de se fazer uma nova carroceria sobre a plataforma do Classe C anterior, como no CLC, aproveitando o maquinário instalado, e até algum projeto de facelift que não foi usado. Seria bem ao estilo das fábricas instaladas no Brasil. Quem sabe a Mercedes "aprendeu a lição", já que temos no Brasil um consumidor "diferenciado" na acepção negativa do termo. Um Mercedes usando uma plataforma requentada para "mercados emergentes", ainda assim seria superior aos concorrentes citados.

Lembremos que a própria Mercedes anunciou, no final de março, que passaria a produzir caminhões na fábrica em Juiz de Fora, e que seria lançado com fabricação na Europa o sucessor do CLC feito aqui. Fábricas comportam diferentes linhas de montagem, inclusive a Mercedes produziu Classe A e Classe C no Brasil na mesma planta. Mas caminhão e carro na mesma, eu não sei, mas acredito ser possível (a Fiat, por exemplo, faz TODOS os seus modelos em uma fábrica só no Brasil). Vou ver se descubro mais alguma coisa. A revista saiu ontem, ainda não tem nem a imagem da capa no site, que aliás não costuma ser atualizado constantemente.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Mercedes-Benz Classe C flex (nos Estados Unidos)

Mercedes C300 Luxury 2008 FFV (flex).
Versão norte-americana tem os piscas também na lateral do parachoques dianteiro.

Enquanto nos aventurávamos aqui no blog a escrever sobre os protótipos elétricos e a célula de combustível da Classe A, ( parte 1, ,parte 2, parte 3 e parte 4) Classe B, e Smart, passamos ao lado de algo mais viável, os flex fluel vehicles (FFV) dos Estados Unidos, mas não vimos...
Lá, embora poucos saibam, há veículos com motores flex desde 1992 (a oferta é limitada a algumas regiões, mas está em franca expansão atualmente). Apenas para constar, E85 é um combustível com 85% de etanol e 15% de gasolina. Para que isso? Com essa mistura, não é necessário o tanquinho de partida a frio, como nos carros a álcool e flex nacionais. Legalmente, é obrigatório a cor amarela na tampa do tanque e do bico da bomba de abastecimento para os FFV.

A norma norte-americana indica que a tampa do tanque dos carros flex deve ser amarela,
mesma cor do bico da bomba
de E85
. Esse é de um GM Tahoe

A Mercedes desde 2003 vende os Classe C flex (gasolina e E85) nos Estados Unidos. O primeiro Mercedes flex foi o Classe C da geração anterior, (plataforma W203) , sempre com motor 6 cilindros, nas versões C240 Luxury Sedan & Wagon 2.6 2005, C320 Sedan, Sport Sedan & Wagon 3.2 2003-2005 e C230 Sport 2.5 2007.

Eis o motor V6 FFV da Mercedes C300 nos EUA

Consegui dados de consumo do C230 Sport 2007, que com motor de 201 hp, que podia vir com câmbio manual de 6 marchas ou automático de 7, marchas. O consumo declarado cidade/estrada de 7,2/9,8 km/l com gasolina e 5,5/7,2 km/l com E85 com transmissão automática, e 8,1/10,6 km/l com gasolina e 6/7,7 km/l com E85 no câmbio manual.

Não há qualquer indicação na versão do motor flex ou FFV

Depois, já com a atual geração do Classe C (W204), em 2008, foi lançado o motor 3.0, flex, de 6 cilindros e 228hp. Veio nas versões C300 Sport FFV e C300 Luxury FFV, somente no automático de 7 marchas. Consumo cidade/estrada de 7,7/10,6 km/l com gasolina, 5,5/8,1 km/l com E85. Seguem essas versões até o modelo 2010, basta dar uma procurada no site estadonidense da Mercedes que as versões do motor se encontram nas configurações. E o mais impressionante, consta: "Premium unleaded gasoline. Ethanol (E85) or E85/premium gasoline for vehicles with rear-wheel drive and automatic transmission", ou seja, o flex é de série nas versões com tração traseira e câmbio automático (existe o câmbio manual no básico, e tração integral 4matic como opção).

Ilustração de raio-X parcial do motor

Todas essas versões foram vendidas no Brasil. Quanto às nossas de importação oficial eu acredito que não, mas existem unidades trazidas dos Estados Unidos via importação independente, que são compradas em concessionárias da marca lá. Sendo que ao menos na atual C300 2010 é de série nos Estados Unidos o motor flex, tem gente andando com Mercedes FFV por aí sem saber. E sem desconto no IPI e no IPVA. Pode ser que conste um "FFV" no documento do carro. Mas basta abrir a portinhola do tanque, se aparecer essa tampa e inscrições, é uma legítima Mercedes flex gasolina/E85:

Compartimento de abastecimendo, também com amarelo na tampa, da C300 flex

Interessante notar também a matéria do blog Notícias Automotivas, bem como no teste realizado pela revista Motor Show ano passado. Captiva, Fusion, Edge, etc., que vem da América do Norte, são flexíveis em combustível. E também, provavelmente, os Classe C300 que vierem de lá de forma independente. Agora, por que não se divulga aqui? Ora, no exterior, carro elétrico ou flex não é motivo só de economia, é principalmente um argumento de consciência ambiental. Esses 6 cilindros aqui teriam um consumo ruim, e choveriam reclamações. Fora que não existe E85 pronto, seria preciso sempre misturar na hora de abastecer, contando ainda que na nossa gasolina temos 20 a 25% de álcool, conforme a vontade do governo. Isso é demais para o consumidor brasileiro padrão...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Classe A F-Cell na Islândia

As Mercedes-Benz Classe A F-Cell, movidas a célula de hidrogênio, mostradas naquela série sobre combustíveis alternativos aqui no blog, foram testadas em baixas temperaturas na Islândia, aquela do vulcão Eyjafjallajökull (algo como "Ilha da Montanha da Geleira") citado aqui. Aproveito para postar duas belas fotos, de wallpaper, do nosso querido carrinho na terra do gelo. Clique na figura para ampliar.

Só alguém me explique como fazer com esse wallpaper vertical aí embaixo...

terça-feira, 4 de maio de 2010

O vulcão de nome (impronunciável) Eyjafjallajökull

Um tanto por fora da temática do blog, mas é interessante. Tenho visto muito jornalista sofrendo na televisão para falar, e tome copiar e colar na internet, jornais e revistas. No Fantástico do dia 24 de abril, tentaram até ensinar a pronunciar. Domingo, entre uma birita e outra durante o ótimo churrasco que meu pai fez, alguém falou algo sobre o tal vulcão islandês de nome complicado e eu disse que achava que devia ter uma tradução simples.

Vi escrito de duas formas diferentes: Eyjafjallajoekull e Eyjafjallajökull. Então entrei no tradutor do Google, comecei a separar e juntar as sílabas sucessivamente e saiu assim:

Eyjafjallajökull: Eyja = ilha; fjalla = montanha e jökull = geleira.

Numa tradução livre, é Ilha da Montanha da Geleira. Custava alguém traduzir?

Foto: http://www.apolo11.com/vulcoes.php?posic=dat_20100419-100038.inc (e também mais informações sobre o vulcão)